Recentemente, o Governo de São Paulo anunciou as mudanças do Ensino Médio, o primeiro Estado do país a começar a implementar as modificações trazidas pela lei 13.415/2017, mais conhecida como a lei do Novo Ensino Médio. A lei modificou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, estabelecendo uma nova estrutura com um tempo mínimo de 1.000 horas anuais (200 horas a mais do que no modelo anterior), além de permitir uma organização curricular mais flexível.
Assim, o novo currículo paulista será formado por 3.150 horas mínimas, (contra 2.400 horas no modelo anterior), sendo que 1.800 dessas horas serão para a formação básica e as 1.350 restantes para os chamados itinerários formativos propostos na Base Nacional Comum Curricular (BNCC). De acordo com o site do MEC, a BNCC é um “conjunto de orientações que deverá nortear a (re) elaboração dos currículos de referência das escolas das redes públicas e privadas de ensino de todo o Brasil. A Base trará os conhecimentos essenciais, as competências, habilidades e as aprendizagens pretendidas para crianças e jovens em cada etapa da educação básica”. Essa é a Base que deverá ser respeitada pelas escolas que oferecem o ensino médio até 2022.
Elaborados por essa nova BNCC, os itinerários formativos são o conjunto de disciplinas, projetos, oficinas, núcleos de estudos entre outras situações de trabalho que os estudantes poderão escolher no ensino médio e que devem ser ofertados pelas escolas. As opções deverão ser voltadas ao empreendedorismo, à investigação científica e a mediação e intervenção sociocultural, permitido o desenvolvimento da autonomia dos estudantes para que realizem seus projetos de vida. Assim, os itinerários têm como objetivo promover valores como ética, liberdade, democracia, solidariedade e sustentabilidade e desenvolver habilidades gerais, tanto para o mercado de trabalho quanto para o autoconhecimento. Essa área é chamada de formação técnica e profissional, que visa integrar programas educacionais inovadores e atualizados que promovam efetivamente a qualificação profissional dos estudantes.
Desse modo, o currículo que deverá ser ofertado pelas escolas terão seus componentes curriculares divididos em áreas do conhecimento: linguagens e suas tecnologias (língua portuguesa, artes, educação física e língua estrangeira); matemática; ciências humanas e sociais aplicadas (história, geografia, filosofia e sociologia); e ciências da natureza e suas tecnologias (biologia, química e física). Já os itinerários formativos, que correspondem a 40% do currículo, oferecem ao estudante a possibilidade de escolher entre uma a duas área do conhecimento da formação geral para aprofundar seus estudos ou da formação técnica e profissional para se especializar.
No Colégio Alethus, a partir de 2021, o Novo Ensino Médio contemplará os seguintes itinerários formativos:
I – Projeto de vida: autoconhecimento, saúde e qualidade de vida, carreira acadêmica, pesquisa, trabalho e empreendedorismo, sociedade e saúde.
II – Comunicação: diversidade de gêneros textuais, universo digital e tecnologias, redes sociais e trabalho, currículo, processos seletivos, inovação e comunicação social.
III. STEAM (Science, Tecnology, Enginnering, Arts and Mathematics) que ocorrerá ao longo dos 3 anos envolvendo ciências da natureza, tecnologias, engenharias, artes e matemática. Visando superar a fragmentação do conhecimento científico para criar condições para um maior protagonismo dos estudantes em suas aprendizagens e para a construção de seu projeto de vida.
Também faz parte do Novo Ensino Médio as disciplinas eletivas e optativas, presenciais ou à distância, permitindo aos estudantes a escolha de módulos com duração semestral ou anual, de acordo com a carga horária disponibilizada pela escola e/ou por instituições de ensino parceiras. Bom lembrar que esses módulos serão oferecidos no contra período das aulas regulares!
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